Questão 56 (Caderno 1 Azul) ENEM 2015
Hoje
vamos tratar da questão 56 do caderno 1 azul, que equivale a questão 70 do
caderno 2 amarelo, a questão 79 do caderno 3 branco e a questão 63 do caderno 4
rosa.
Algumas
raças de cães domésticos não conseguem copular entre si devido à grande
diferença em seus tamanhos corporais. Ainda assim, tal dificuldade reprodutiva
não ocasiona a formação de novas espécies (especiação).
Essa
especiação não ocorre devido ao (à)
a)
Oscilação
genética das raças.
b)
Convergência
adaptativa das raças.
c)
Isolamento
geográfico entre as raças.
d)
Seleção natural
que ocorre entre as raças.
e)
Manutenção do
fluxo gênico entre as raças.
Correção
O
texto fala sobre a diferença de tamanho corporal entre raças de cachorro, que
gera dificuldade na copulação. Contudo, não podemos dizer que houve uma
especiação, ou seja, a formação de novas espécies.
A
questão, então, quer saber o que impede a especiação entre as raças de
cachorro.
A
primeira alternativa cita a oscilação genética. Oscilação genética, também
conhecida como deriva genética, se refere a flutuação na frequência dos alelos,
seja por introdução ou eliminação casual dos mesmos. A oscilação genética é uma
das causas da evolução biológica, o que gera a formação de novas espécies, não
a impede. Portanto, não é a resposta procurada (BORGES-OSÓRIO e ROBINSON, 2013) .
A
letra b menciona a convergência adaptativa, que é a evolução convergente de
caracteres similares em clados independentes (MORRONE, 2001) . Clado é um grupamento que inclui um
ancestral comum e todos os descentes, viventes e extintos, desse ancestral (USP, 2016) . Ou seja, são
espécies diferentes que apresentam caracteres similares, o que não é o
procurado pela questão.
Isolamento
geográfico é a terceira opção de resposta e consiste na separação de uma
população por uma barreira geográfica formando subpopulações. Estas subpopulações
começam a sofrer diferentes pressões e consequentemente os genes selecionados
em uma subpopulação serão diferentes da outra. Em virtude da barreira
geográfica, as duas subpopulações ficarão impedidas de cruzar e as diferenças
entre elas ficarão cada vez mais acentuadas. Surgindo, assim, as subespécies (SANTOS, 2016) . Como o isolamento
gera subespécie, o que já é um passo para especiação, esta resposta não pode
ser a correta.
A
letra d menciona a seleção natural. A seleção natural consiste em selecionar
indivíduos mais adaptados a determinada condição ecológica, eliminando aqueles
desvantajosos para essa mesma condição. Quando se fala em mais adaptados, se
refere a maior probabilidade de determinado indivíduo sobreviver e deixar
descendentes em determinado ambiente. Portanto, a seleção natural está mais
vinculada a criação de novas espécie, não a manutenção, assim não é a resposta
correta (SÓ BIOLOGIA, 2016)
Por
último temos a letra e: manutenção do fluxo gênico. Fluxo gênico, também
chamado de migração, é qualquer movimento de genes de uma população para outra.
Relembrando, raça é o conceito para categorizar diferentes populações de uma
mesma espécie biológica, com suas características físicas. É importante
destacar que o movimento dos genes entre populações podem fazer com que estas
se tornem geneticamente similares, reduzindo, consequentemente, as chances de
especiação (USP, 2016; USP, 2016; Biologia Net, 2015) . Assim, podemos
afirmar que a resposta correta é a letra e: manutenção de fluxo gênico entre as
raças.
Bibliografia
BIOLOGIA Net. UOL, 2015. Disponivel em:
<http://biologianet.uol.com.br/ecologia/populacao-comunidade.htm>.
Acesso em: 22 Setembro 2016.
BORGES-OSÓRIO, M. R.;
ROBINSON, W. M. Genética Humana. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MORRONE, J. J. Sistemática,
Biogeografia, Evolución: los patrones de la biodiversidad en
tiempo-espacio. [S.l.]: Las Prensas de Ciencias, 2001.
SANTOS, S. D. Mundo
Educação. Uol, 2016. Disponivel em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/isolamento-geografico.htm>.
Acesso em: 20 Setembro 2016.
SÓ BIOLOGIA. Só
Biologia, 2016. Disponivel em:
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao17.php>.
Acesso em: 22 Setembro 2016.
USP. USP. USP,
2016. Disponivel em:
<http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIBPhylogeniesp2.shtml>. Acesso
em: 22 Setembro 2016.
USP. USP. USP,
2016. Disponivel em:
<http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIIC4Geneflow.shtml>. Acesso em: 22
Setembro 2016.
USP. USP. USP,
2016. Disponivel em:
<http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIIC4aGeneflowdetails.shtml>.
Acesso em: 22 Setembro 2016.
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